domingo, 18 de setembro de 2011

Fisioterapia em Oncologia


A fisioterapia em oncologia é uma especialidade que tem como objetivo preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico ao oferecer acompanhamento às diversas alterações que podem ocorrer como: edema de membros, alterações musculares, constipação, alterações neurológicas, alterações respiratórias, dores musculares por disfunções posturais, dores teciduais e cicatriciais e dores tendinosas e articulares, alterações ósseas, alterações circulatórias (flebites, linfangites, alterações linfáticas), TVP, TEP, escaras e alterações vasculares em membro superior após aplicação da quimioterapia. Com a reabilitação o paciente canceroso pode retornar ao seu nível de produtividade ou melhorar muito a qualidade de sobrevida.

Dentre os procedimentos fisioterapêuticos que podem ser empregados na Fisioterapia Oncológica, destacamos:
*A drenagem linfática manual (e uso de posturas facilitadoras do retorno linfático);
*Bandas multi-camadas e contenção elástica;
*Exercícios ativos, passivos e resistidos a depender da alteração muscular apresentada;
*Alongamentos;
*Exercícios respiratórios para melhorar o funcionamento diafragmático, pulmonar e retirada de secreções;
*Treino de marcha;
*Equilíbrio;
*Reeducação postural (método de cadeias musculares);
*Analgesia/TENS
*Readaptação domiciliar com o intuito de facilitar o deslocamento;
*Readaptação ocupacional, caso haja necessidade;
*Orientações a familiares e cuidadores.


Porque a Fisioterapia?

A radioterapia, indicada tanto para o tratamento exclusivo da doença quanto para complementação dos outros tratamentos, pode acarretar fibrose, levando à restrição de movimento, edemas e disfunções ventilatórias, entre outras.
Diversos tipos de quimioterápicos podem causar neuropatias periféricas, fibrose pulmonar e miocardiopatias. O uso prolongado de corticóides pode resultar em quadros de miopatia e osteoporose.
A cirurgia visa não apenas a remoção do tumor, mas também dos tecidos sadios adjacentes, a fim de evitar a permanência de doença residual macro ou microscópica. Tal fato acarreta seqüelas sensitivas, motoras, vasculares e respiratórias, dependendo da área afetada.
Analgesia: O câncer pode lesar os receptores de dor (nociceptores), e provocar dor somática, visceral, neuropática ou por desaferentação, através da invasão direta do tecido pela neoplasia, ou pela lesão do sistema nervoso central ou periférico.

Dra. Suelen de Carvalho Nunes

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